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Mostra resgata trajetória e ascensão das mulheres no Brasil em cinco séculos em 150 documentos raros, fotografias, jornais, revistas e pinturas de artistas como Debret e imagens como a da Lei do Ventre Livre.
A exposição, que vai até 26 de agosto, aborda cinco diferentes temas: a condição subalterna da mulher; a consciência política e luta dos direitos civis; a ação social e educação; o comportamento e, por fim, a atuação científica e cultural. Segundo a diretora do Centro de Referência e Difusão da Biblioteca Nacional, Mônica Rizzo, a mostra vai privilegiar os documentos de registro do cotidiano, como jornais e revistas. “A ascensão social da mulher é uma história a ser contada. Ainda faltam livros sobre o tema. Por isso, vamos mostrar essa trajetória com os jornais e as revistas, sendo, muitos destes, inéditos ao público”, afirma.
“Os periódicos foram o principal canal de comunicação do movimento feminista”, diz Marcus Venicio, curador da exposição, juntamente com Luciano Figueiredo. Além desses documentos, também compõe a mostra as pinturas de Debret e Carlos Julião, que retratam o cotidiano do espaço público do Brasil do começo do século XIX sem a presença de mulheres, apenas escravas.
“A exposição Brasil Feminino pretende celebrar o duro caminho de libertação da mulher brasileira, o seu deslocamento heroico do espaço doméstico, a que se recolhia, rumo ao espaço público, capitaneado tradicionalmente pelos homens”, explicam os curadores. A ideia é apresentar as diversas facetas da mulher brasileira e demonstrar a maneira pela qual ela conseguiu ascender socialmente, culminando com a eleição, em 2010, da primeira mulher a ocupar o a Presidência da República.
As homenageadas que já confirmaram a presença no evento:
- Ana Bella Geiger (artista plástica),
- Ítala Nandi (atriz),
- Lucy Barreto (produtora de cinema),
- Norma Bengel (atriz e diretora),
- Rachel Gutiérrez (pianista, professora e primeira mulher a participar de uma eleição majoritária),
- Rose Marie Muraro (escritora, editora e fudadora do selo Rosa dos Tempos),
- Rosiska Darcy de Oliveira (uma das maiores defensoras dos direitos das mulheres, no Brasil e no Mundo),
- Ruth de Souza (atriz),
- Schuma Schumaher (organizadora do dicionário Mulheres do Brasil: de 1500 Até a Atualidade e coordenou o projeto 500 Anos Atrás dos Panos) e
- Vera Lucia Couto (a primeira Miss Brasil negra do país)