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No dia em que a lei Maria da Penha completou três anos, Lídia (nome fictício) levou mais uma surra do marido. Ele chegou em casa alcoolizado, bateu na mulher, colocou fogo no colchão, e a jogou no meio das chamas. Era sexta-feira, 8 de agosto, 22h.
"Quando ele viu pegar fogo no meu braço, saiu correndo. Desta vez não tem mais volta. Vou me separar dele porque cansei das brigas e também de apanhar. Se os vizinhos não tivessem me socorrido eu teria morrido queimada."
Lídia é mais uma mulher agredida pelo marido. Diariamente seis mulheres são vítimas de violência doméstica em Ribeirão Preto. Este ano, nos primeiros sete meses, foram registrados 1.256 ocorrências na Delegacia da Defesa da Mulher.
O número é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, com 1.491 casos.
"No início da lei tivemos muita procura e o número de ocorrências era grande. Hoje diminuiu porque estamos racionalizando os casos. Às vezes, a mesma mulher vinha na delegacia várias vezes, e cada dia era feita uma ocorrência. Hoje, reunimos as ocorrências da mesma vítima", explica Maria Beatriz Moura Campos, delegada titular da DDM.
Retirado de: Jornal da Cidade